Cora Coralina
Poeminha Amoroso
Este é um poema de amor
tão meigo, tão terno, tão teu...
É uma oferenda aos teus momentos
de luta e de brisa e de céu...
E eu,
quero te servir a poesia
numa concha azul do mar
ou numa cesta de flores do campo.
Talvez tu possas entender o meu amor.
Mas se isso não acontecer,
não importa.
Já está declarado e estampado
nas linhas e entrelinhas
deste pequeno poema,
o verso;
o tão famoso e inesperado verso que
te deixará pasmo, surpreso, perplexo...
eu te amo, perdoa-me, eu te amo... Cora Coralina
Adoro os poemas de Cora Coralina, suas palavras expressam uma simplicidade e uma leveza que faz muito bem para a alma......
E eu,
quero te servir a poesia
numa concha azul do mar
ou numa cesta de flores do campo.
Talvez tu possas entender o meu amor.
Mas se isso não acontecer,
não importa.
Já está declarado e estampado
nas linhas e entrelinhas
deste pequeno poema,
Mas se isso não acontecer,
não importa.
Já está declarado e estampado
nas linhas e entrelinhas
deste pequeno poema,
Cora Coralina ,
pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, (Cidade
de Goiás, 20 de agosto de 1889 — Goiânia, 10 de abril de
1985), é a grande poetisa do Estado de Goiás. Em 1903 já
escrevia poemas sobre seu cotidiano, tendo criado,
juntamente com duas amigas, em 1908, o jornal de poemas
femininos "A Rosa". Em 1910, seu primeiro conto, "Tragédia
na Roça", é publicado no "Anuário Histórico e Geográfico do
Estado de Goiás", já com o pseudônimo de Cora Coralina. Em
1911 conhece o advogado divorciado Cantídio Tolentino Brêtas,
com quem foge. Vai para Jaboticabal (SP), onde nascem seus
seis filhos: Paraguaçu, Enéias, Cantídio, Jacintha, Ísis e
Vicência. Seu marido a proíbe de integrar-se à Semana de
Arte Moderna, a convite de Monteiro Lobato, em 1922. Em 1928
muda-se para São Paulo (SP). Em 1934, torna-se vendedora de
livros da editora José Olimpio que, em 1965, lança seu
primeiro livro, "O Poema dos Becos de Goiás e Estórias
Mais". Em 1976, é lançado "Meu Livro de Cordel", pela
editora Cultura Goiana. Em 1980, Carlos Drummond de Andrade,
como era de seu feitio, após ler alguns escritos da autora,
manda-lhe uma carta elogiando seu trabalho, a qual, ao ser
divulgada, desperta o interesse do público leitor e a faz
ficar conhecida em todo o Brasil.
Comentários
Postar um comentário