Semana da Inclusão


Desenho do Hector( asperger) para o Richard ( cadeirante e autista)


Em 2010 assumi uma sala de A.E.E (Atendimento Educacional Especializado) comecei a fazer uma pós em psicopedagogia e neuropsicopedagogia. Como tinha feito concurso para Supervisão Escolar acabei mudando meu rumo. É claro que me arrependi, pois ser supervisora não é nada fácil percebemos os erros, tentamos mudar, mas poucos aceitam, principalmente quando se trata da inclusão. A questão da inclusão é um assunto que gera muitas discussões na área educacional, têm os que defendem, têm os que condenam..
Em Junho recebemos na escola um aluno com diagnóstico de Asperger o Hector com 9 anos de idade e nunca tinha frequentado uma escola,  a mãe tinha medo que ele iria sofrer na escola, que os outros alunos iriam rir dele e tratá-lo mal...Quando ela foi se cadastrar para receber a bolsa família a assistente social descobriu a existência do Hector, ele logo se adaptou a escola, na nossa cidade a sala de aula que possui aluno com laudo recebe uma auxiliar de sala, é claro que em certos casos a auxiliar é mais auxiliar do aluno, pois muitos precisam de auxilio constante e a professora regente nem sempre está disposta a enxergar o aluno como seu aluno também.O Hector logo se afeiçoou ao Richard que é autista é cadeirante entre outros problemas de saúde. O Richard está na escola desde o 1º ano agora está no 3º ano, o Richard não tem atendimento com outros especialistas necessita urgente de um fisioterapeuta mas a família diz que não conseguiu atendimento da rede pública ( penso que falta um pouco de má vontade e comodismo), ele não pode ser contrariado que grita muito, as suas pernas estão atrofiando, fala muito pouco, tem dificuldades em pegar os objetos, ás vezes interage nas aulas, ainda usa fraudas e é um sufoco  conseguir uma auxiliar de sala que quer assumir os cuidados com ele, não temos um lugar preparado para a troca de fraudas tivemos que improvisar com carteiras e colchonetes. A presença do Richard na escola causa muitas discussões, pois quando ele está agitado nada o faz parar de gritar, grita na sala de aula e nos corredores. O Hector quando ouve quer ir cuidar dele, as vezes a música acalma o Richard. Os alunos da sala também gostam de interagir com o Richard, todos os dias uma dupla de alunos ajudam a auxiliar empurrar a cadeira na rampa de acesso.Temos outras crianças com necessidades especiais, entre Síndrome de Down, TDHA – Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, TDO-Transtorno Desafiador Opositivo, D. Mental Leve e etc.. Fora os que ainda não têm um diagnostico fechado, pois estão na lista de espera do atendimento com especialistas.
Penso que para o poder público ficou confortável a situação da lei da inclusão determinaram que eles têm direito a matricula no ensino regular, mas o atendimento extraescolar com especialistas continua precário. Mas uma vez a escola assumindo sozinha o cuidado com nossas crianças.




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